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Bandeira da República Portuguesa - O Conde D. Henrique usava como seu escudo, uma cruz azul sobre um fundo de prata. D. Afonso Henriques começou a usar uma bandeira branca com uma cruz azul, potentea, seja com haste mais comprida que os braços, mas, depois da batalha de Ourique em 1139,  substituiu a cruz azul original em cinco escudetes azuis, cada um em forma de V, dispostos também em cruz, cada um representando um rei mouro vencido e dentro de cada escudete colocou cinco bezantes brancos, representndo as cinco chagas de Cristo, em homenagem a visão de Jesus na cruz que teve enquanto rezava antes da Batalha de Ourique, 26/07/1139. Durante os reinados de D. Sancho I, D. Afonso II e D. Sancho II cada um dos cinco escudetes da cruz azul passaram a ter 11 pontos brancos.

D. Afonso III, após a conquista do Algarve em 1249, acrescentou uma bordadura vermelha com 9 castelos de ouro. D. João I aplicou-lhe a cruz de Avis. D. João II, em vez de 9 castelos, usou apenas 7 castelos na bordadura, assim como, em cada quina, em vez de 11 pontos brancos, usou apenas cinco bezantes, e em 1485 eliminou a cruz de Avis e passou a usar o formato redondo na parte inferior do escudo, bem como das quinas, na forma de U, em vez de um quadrado, tornando-se assim o responsável pelo escudo de armas portuguesas tal como hoje conhecemos.

Com D. Manuel  a coroa do reino encima as armas portuguesas e a bandeira passa a ser assente no centro de um fundo branco retangular.

D. João VI introduziu no centro a esfera armilar de ouro, com o escudo no seu centro, e encimada pela coroa real que mandou fechar, como símbolo representando o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, através do  seu decreto de 16/12/1815, após a elevação do Brasil à condição do reino dentro do Estado Português, designado de Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Esta bandeira manteve-se até 1826, quando com o regime liberal, com D. Pedro IV em 1830 a bandeira passou a ser branca e azul, separada na vertical, mantendo-se os restantes elementos.

Com D. Maria II a bandeira passou a ser verticalmente bipartida, em branco e azul, ficando o azul à tralha e o branco a direita. O azul e o branco foram decretadas cores nacionais após a revolução liberal de 1820 por decreto das Cortes Gerais da Nação em 22/8/1821.

Com a República em 1911 desapareceu a coroa e tornou-se bipartida na vertical. Dia 05.10.1910, data da proclamação da República Portuguesa, a atual bandeira portuguesa passou a ser usada, sendo depois aprovada  pela Assembleia Constituinte, pelo decreto, publicado no Diário do Governo nº 141 de 1911, de 19/06/1911, com posterior regulamentação publicada no Diário do Governo nº 150,  de 30/6/1911.

É um rectângulo de dimensões 40 x 60 cm, com uma proporção de 2:3, bipartido verticalmente em verde-escuro, do lado da tralha, seja do lado esquerdo, cor que abrange de 2/5 do comprimento, e em vermelho-escarlate, abrangendo os restantes 3/5.

Ao centro na linha divisória fica o brasão de armas de Portugal, constituído de uma esfera armilar manuelina, em amarelo e avivada de negro, sobreposta por um escudo maior vermelho e em cuja bordadura vermelha se encontram representados os 7 castelos de ouro, orlados de branco, os quais simbolizam as cidades fortificadas tomadas aos mouros por D. Afonso III e também representam a independência de Portugal, e sobre este escudo se encontra sobreposto o tradicional escudo português de prata, mais pequeno, branco, com 5 escudetes azuis, também chamados quinas,  dispostos em cruz, com 5 pontos brancos em cada um deles no seu interior, chamados bezantes.

Estes 5 escudetes simbolizam os 5 reis mouros que D. Afonso Henriques derrotou na Batalha de Ourique, e os 5 bezantes representam as 5 chagas de Cristo os quais somando no sentido vertical e horizontal (2x15 = 30) representam os 30 bezantes, seja os 30 dinheiros em prata com que o Cristo foi vendido por Judas, igualmente representam o poder régio de cunhar moedas e o nascimento da nação portuguesa. Os 5 escudetes também representam os 5 ferimentos que D. Afonso Henriques teve nessa batalha de Ourique

Esta esfera armilar, amarela, ocupa metade da altura da tralha, seja metade da altura da bandeira, ficando equidistante das orlas superior e inferior e foi adoptada como emblema pessoal de D. Manuel I, consagra a epopeia marítima portuguesa, representando as descobertas portuguesas, e é constituída por 4 aros dispostos como círculos máximos de uma mesma esfera.

As cores da bandeira são: verde, vermelho, amarelo, azul, branco e preto, em que o vermelho é cor combativa, quente, viril, de conquista e de riso, cantante, ardente, alegre, lembra o sangue, simboliza o valor, o sangue dos heróis, martires e combatentes, derramado ao longo da história, abrangendo todo o globo, representa o sol feérico e incandescente do império, é cor também dos movimentos revolucionários, sindical  e populares de matriz política democrática e republicana e incita a vitória, o verde cor de esperança, da natureza, dos campos verdejantes do país, de liberdade, da cor do mar alto que os portugueses foram os primeiros a sulcar, a cor verde foi introduzida pela 1ª vez com a revulação republicana, também é uma cor representativa do islamismo. 

 O branco representa bravura e audácia, paz, calma, ordem, limpeza, inocência, candura, pureza, singeleza, harmonia, paz, uma cor fraternal, em que todas as outras se fundem, avivada de entusiasmo e de fé pela cruz vermelha de Cristo, assinala o ciclo épico das nossas descobertas marítimas, e foi a base de todas as bandeiras portuguesas desde a fundação da nacionalidade.O negro representa o silêncio, introspecção, auto-analise, miséria, mas quando brilha confere realeza, elegância e masculinidade. O azul é cor celestial e espiritual e está ligado ao culto católico de Nª Senhora de Conceição, padroeira oficial do reino. O amarelo representa a glória, vitória, triunfo, êxtase e apoteose da expansão.

 

                                                                      

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