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SANTOS PORTUGUESES - O número total de santos portugueses não atinge a dezena, destacando-se a Rainha Santa Isabel, mulher de D.Dinis, São Gonçalo Garcia, nascido na Índia, Santo António,  e  D. Nuno Álvares Pereira, que Bento XVI decidiu canonizar, apesar de Portugal ter sido um país dinamizador da expansão do catolicismo no mundo.  O mais populoso dos países católicos fala português (Brasil), o primeiro monarca católico a sul do Equador falava português (Angola no século XVI), a nação hoje mais fervorosamente crente na Ásia fala português (Timor). Os  portugueses levaram o catolicismo ao Japão, deram à Índia 30 milhões de cristãos, deixaram em Macau a fachada da Catedral de São Paulo. O Vaticano melhor do que ninguém sabe disso e não é por acaso que o título de Patriarca apenas é atribuído aos arcebispos de Jerusalém, Veneza, Lisboa e... Goa (o actual Patriarca das Índias Orientais chama-se Filipe Neri Ferrão e nasceu português). Portugal, uma velha nação aliada do papado desde a fundação da sua nacionalidade, talvez, por isso, surgiu o projecto secreto do Vaticano de se mudar para Portugal e de eleger outro Papa se Hitler sequestrasse o Papa Pio XII

MISERICÓRDIA - SÉCULOS XV E XVI – Com o desenvolvimento da expansão marítima, das actividades portuaria e comercial, aos grandes centros urbanos, como Lisboa, acorrem pessoas a procura do trabalho e enriquecimento e, consequentemente, as condições de vida degradam-se e as ruas enchem-se de pedintes e tornam-se locais de promiscuidade e doença. A situação dos presos era aflitiva. Ao mesmo tempo os naufrágios e as batalhas também originam grande número de viúvas e órfãos. D. Leonor, rainha viúva de D. João II, sensibilizada com estes problemas, instituiu a Primeira Misericórdia Portuguesa - irmandade ou confraria de invocação à Nossa Senhora da Misericórdia, na Sé de Lisboa, com sede na Capela de Nossa Senhora da Piedade ou da Terra Solta, no dia  15 de Agosto de 1498 em Lisboa,  com o apoio do Rei D. Manuel I, que aprovou o seu estatuto, depois confirmado pelo Papa Alexandre VI. A primeira impressão deste estatuto saiu em 1516, facilitando a sua divulgação  e a criação de outras misericórdias por todo o Reino, incluindo nos territórios ultramarinos. A irmandade de Lisboa era constituída de cem irmãos que actuavam junto dos pobres, presos, doentes, e apoiavam os envergonhados, pessoas decaídas na pobreza por desgraça, dando-lhes pousada, roupas, alimentos, medicamentos ou mezinhas. Além desta missão caritativa, tinha a missão religiosa, com orações e celebrações de missas e procissões, cerimónias dos enterros, acompanhamento de condenados à morte ou na promoção da penitência. Assim anunciavam o Evangelho com palavras, obras concretas, testemunhadas com atitudes cristãs. Adoptou o símbolo Virgem com o manto aberto, protegendo os poderes terrenos, reis, rainhas, príncipes, etc, e os poderes espirituais, papas, cardeais, bispos, clérigos ou membros de ordens religiosas, bem como todos os necessitados, crianças, pobres, doentes, presos, etc. Este símbolo passou a ser impresso nos compromissos, desenhado em azulejos, esculpido em diversos edifícios e pintados em telas, designadamente nos pendões, bandeiras ou estandartes que cada Misericórdia possuia. O seu prestígio deu-lhe a responsabilidade de administração do Hospital Real de Todos-os-Santos, para protecção dos enjeitados. A sua acção estendeu-se também ao apoio às órfãs. A Misericórdia tinha 14 obras de misericórdia: 7 espirituais, mais orientadas para questões morais e religiosas, como, ensinar, dar bom conselho, corrigir com caridade os que erram, consolar os que sofrem, e 7 corporais relacionadas sobretudo com preocupações “corporais”, materiais, como, remir os cativos e visitar os presos, curar e assistir os doentes, vestir os nus, dar de comer aos famintos, dar de beber aos sedentos, dar pousada aos peregrinos e enterrar os mortos. A sua acção foi apoiada pela Coroa, que lhe concedeu muitos privilégios e dotou com imponentes instalações. A nova sede da Misericórdia de Lisboa foi concluída em 1534.

Apóa a perda da independência em 1581, cem  anos após a sua fundação, pressionada por mudanças políticas, sociais e económicas, a Misericórdia de Lisboa sentiu a necessidade de se reformar e adaptar-se às novas realidades e,  em 1618 foi publicado um novo Compromisso. A criação dos expostos, seja crianças expostas pelas mães que não podiam ficar com os seus filhos, cuja despesa era da responsabilidade da Câmara de Lisboa, mas que frequentemente atrasava os seus pagamentos. Para solução deste problema  foi instituída a “Mesa dos Engeitados” ou dos “Santos Inocentes”, em 1657. Durante o período de guerra com a Espanha, 1640-1668 atribuiram-se privilégios às famílias das amas que criavam os expostos da Misericórdia e para tal isentaram-se da milícia os seus maridos durante o tempo de criação e posteriormente este privilégio estendeu-se também aos filhos das amas. Os chamados “Presos da Misericórdia” detidos que eram sustentados pela Misericórdia, beneficiavam das vantagem de maior celeridade no despacho dos seus requerimentos e eram enviados para o degredo, “soltos” desacorrentados, e sem deixarem fiança. Depois da Restauração, tais privilégios foram, de novo, confirmados.

Ao longo do séc. XVIII houve cada vez mais crianças enjeitadas e ao mesmo tempo sentiu-se dificuldade em contratar amas residentes em Lisboa ou perto de capital. Deste modo a mortalidade infantil aumentou, e o governo de Marques de Pombal fez a reforma dos processos das crianças expostas, determinando novas regras, aumentando a intervenção estatal na vida da Irmandade e na administração da Misericórdia. Novos subsídios foram concedidos para os expostos e foi doada à Misericórdia a Igreja e Casa Professa de S. Roque, 1768, edifício da Companhia de Jesus, onde ainda hoje alberga a sede da SCML, e aí, após o terramoto de 1755, foram instalados convenientemente os expostos e as órfãs do recolhimento. A Mesa da Misericórdia e os Hospitais Reais de Enfermos e Expostos solicitaram à Rainha D. Maria I a instituição de uma Lotaria anual para acorrer com os lucros  às urgentes necessidades dos ditos hospitais- Decreto de 18 de Novembro de 1783. Parte  dos lucros das lotarias beneficiaram também outras instituições pias e cientificas.

No início do século XIX a situação económica da Misericórdia continuou deficitária com uma dívida passiva preocupante, situação que também se deve aos estragos nos prédios causados pelo terramoto. Apesar disso a Misericórdia de Lisboa era modelo para todas as instituições de beneficiência e o príncipe D. João (D.João VI) ordenou em 1806 que as misericórdias do reino passassem a regular-se pelo compromisso da Misericórdia de Lisboa, e cujos regulamentos, para o efeito foi reeditado em 1818 e amplamente divulgado. Nesta época também devido a revolução francesa e guerra civil assistiu-se ao declínio da irmandade, pelo que preocupado o duque de Bragança, regente em nome de Rainha, nomeou uma Comissão Administrativa para executar as reformas necessárias e urgentes e verificando a alta índice de mortalidade infantil, tomou as medidas para melhorar as condições na Casa dos Expostos, e o recolhimento da órfãs foi transferido para o Convento de São Paulo de Alcântara, doado à Misericórdia por decreto de D. Pedro IV, em 1833. Mas, apesar disso, as dificuldades financeiras continuaram com o aumento do número de crianças entradas na Roda da Misericórdia de Lisboa, muitas das quais oriundas dos concelhos limítrofes, e para reduzir o abandono de crianças foi determinado em 1853 conceder durante os três primeiros anos de vida  um “salário ou esmola” às mães sem recursos para criarem os seus filhos e, devido ao agravamento da pobreza foi criado o Conselho Geral de Beneficiência com o objectivo de extinguir a mendicidade, que reformado em 1851 ficou com o encargo de gerir a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, dos Hospitais de S. José, de S. Lázaro e de Rilhafoles, da Casa Pia de Lisboa e de outros estabelecimentos, e  determinado que a Misericórdia de Lisboa passasse a ser administrada por um Provedor de nomeação régia, dois Adjuntos eleitos pela Irmandade da Misericórdia e dois Adjuntos escolhidos pelo Governo e através do Decreto de 2 de Dezembro de 1851 dissolveu-se a Comissão Administrativa da SCML, entrando-se no período da administração por Mesas nomeadas exclusivamente pelo Governo e compostas por pessoas que não faziam parte da Irmandade.

As fontes de financiamento continuavam a ser os lucros da lotaria, rendimentos de prédios e títulos de aplicação financeira e bens patrimoniais proveientes de heranças, legados e doações, e para reforçar foram lançadas medidas para combater à pratica de lotarias extraordinárias que desviavam os lucros da Misericórdia de Lisboa, luta contra a concorrência das lotarias estrangeiras, sobretudo a espanhola, foram actualizadas as rendas dos prédios urbanos e rurais, multiplicação dos rendimentos das aplicações financeiras orientando-as para aplicações mais rentáveis, intervenção junto dos poderes públicos, judiciais e notariais no sentido de fazerem cumprir heranças e legados destinados à Misericórdia de Lisboa, investimento na criação de novas fontes de rendimento como a construção dos Banhos Termais de S. Paulo, um maior controlo das despesas e na fiscalização das obras e a prestação das contas ao Governo.

Em meados do século XIX deu-se quebra nos lucros da lotaria e devido a lei de desamortização a Misericórdia de Lisboa foi obrigada a vender uma parte significativa dos bens imobiliários e a aplicar o produto da venda em títulos do tesouro, factores que conjugados com o problema dos expostos agravaram a crise financeira, o que só foi solucionado com as reformas do Provedor Marquês de Rio Maior. Os subsídios concedidos às mães grávidas iniciado em 1853 tornou-se difícil de aplicar por falta de suporte, pelo que decidiu-se por uma nova regulamentação da forma de admissão das crianças na Roda, impondo uma efectiva fiscalização. A aplicação das medidads previstas nas Instruções Regulamentares sobre o Serviço de Vigilância e Polícia da Roda, 1870, conduziram à drástica redução do número de expostos e,  consequentemente, a notável diminuição das despesas, e foram estabelecidos novos subsídios abrangendo todo o período de aleitação da criança e passaram a ser atribuídos prémios às mães que, até ao primeiro ano, viessem requere os seus filhos. A Misericórdias tinha também o Serviço Clínico externo, destinado às visitas, que incluía o fornecimento de remédios e dietas, alargou-se o apoio médico a um maior número de população carenciada e estabeleceram-se regulamentos do serviço clínico, repartindo-se a cidade e as freguesias limítrofes em diferentes áreas ou distritos onde os pobres passaram a dispor de um médico, de um cirurgião e de um botica, e juntamente com as normas foi publicado o Formulário das Enfermarias da SCML onde se indicavam as quantidades, os produtos e a forma da sua preparação e administração aos doentes. Tinha também um serviço de assitência alimentar à população mais carenciada e em Dezembro de 1887 foi criada a Sopa da Caridade, mais tarde denominada Cozinha dos Pobres, para isso pesou a verba excessiva gasta com o tratamento de enfermos pobres, cujos problemas de saúde estavam, geralmente, relacionados com o seu tipo de alimentação.

No início do século XX a SCML aumentou o socorro assistencial, no que se refere aos cuidados prestados a crianças tuteladas e órfãs, orientados para a formação, ensino, higiene e saúde infantil, no aperfeiçoamento dos serviços clínicos e de visitação, no incremento da assistência alimentar, na atribuição de subsídios a diversas instituições públicas e particulares, algumas das quais, por dificuldade de subsistência foram integradas na SCML.

A República reestruturou a Assitência através da Lei de 25 de Maio de 1911 e criou a Direcção-Geral de Assistência que englobava a Provedoria Central de Assistência de Lisboa, com responsabilidade pela beneficiência, incluindo os Hosputais Civis, a Casa Pia e a Misericórdia de Lisboa.

Entre 1926 e 1931 foram integrados na Misericórdia de Lisboa diversas instituições: os balneários, serviços dos postos de socorro nocturno, os serviços de distribuição de subsídios e pensões (da Provedoria de Assitência de Lisboa) e o Instituto de Cegos Branco Rodrigues, os lactários infantis (da Câmra Municipal de Lisboa) e o Sanatório de Sant!Ana na Parede, as Cozinhas Económicas, e as Sopas dos Pobres, os Semi-Internatos (o Colégio Araújo, o da Travessa da Alameda e o da Rua Artilharia 1), o Pensionato da Rua da Rosa, instalado no Palácio Marquês de Minas, o Instituto Infantil da Parede e as Escolas Maternais do Alto de Pina e da Ajuda, as creches de Vítor Manuel e a de Nossa Senhora da Conceição da Associação de Creches-Asilos de Lisboa.

Com o Estado Novo são criados centros sóciais e fez-se congregar na Misericoprdia diversas instituições de assistência e socorro social, tais como os novos Centros Sociais Polivalentes e a Comissão Executiva de Defesa da Família e em 1935 a Santa Casa inaurgurou na sua sede o importante Instituto Médico Central e em 1943 o Hospital Infantil de S. Roque, com internamento em várias especialidades. No campo dos jogos sociais surgiu o Totobola, 1961, que passou a ser organizado pelo Departamento de Apostas Mútuas Desportivas, da Misericórdia de Lisboa. As receitas líquidas eram repartidas, em partes iguais, pela assistência de reabilitação e pelo fomento da educação física e desporto, o que proporcionou à Misericórdia a criação de um Centro de Medicina de Reabilitação, em Alcoitão 1966 destinado ao tratamento de acidentados e diminuídos motores. Entre 1957 e 1963 introduziu-se na Misericórdia de Lisboa uma nova ideia de gestão e um maior dinamismo na solução dos problemas, traduzindo-se no desenvolvimento de acordos de cooperação com muitas instituições de apoio assistencial e no aparecimento de novos serviços como os de Medicina no Trabalho, um verdadeiro centro piloto onde estagiaram médicos e enfermeiros. O interesse da Misericórdia de Lisboa pela saúde pública encontrou aplicação na assitência médico-social integrada, uma formula também característica dos anos 60 e que dava especial ênfase à medicina preventiva e foi neste contexto que em 1965 abriu o Centro de Saúde e Assistência Dr. José Domingos Barreiro, construído em terrenos doados à Misericórdia de Lisboa e que deveria actuar como modelo.

Com o 25 de Abril de 1974 deu-se a quebra de receitas provenientes dos jogos, agravada com a descolonização e consequente encerramento das delegações ultramarinas, originando dificuldades financeiras.

Após a criação do Serviço Nacional de Saúde, todos os hospitais centrais, distritais e concelhios, passaram para o controlo directo da Secretaria de Estado da Saúde, embora inicialmente o Hospital de Sant’Ana e o Centro de Reabilitação de Alcoitão ficassem fora do alcance de tais decisões, os dois passaram a depender da Direcção-Geral dos Hospitais, pela aplicação do Decreto-Lei nº 480/77 de 15 de Novembro.

Em 1978 a Santa Casa valorizou os cuidados de saúde materno-infantis, introduzindo o serviço de planeamento familiar.

Com a passagem do período revolucionário e a consolidação do novo regime, muitas instituições de acção social encontraram dificuldades de sobrevivência pelo que, uma vez mais, o Estado optou pela sua integração na Misericórdia de Lisboa: Bairros Municipais, 1975, 1976 e 1977; Casa de Abrigo de Campoliude 1976; Creche e Jardim de Infância de Santo António 1978; Parques Infantis de Santa Catarina, São Pedro de Alcântara, Necessidades e Alcântara 1979; Colónia de Férias Infantil de São Julião da Ericeira, Obra Social do “Pousal”, Internato de Menores do “Alvor”, PRODAC (Associação de Produtividade na Auto-Construção), CASU, Centro de Acção Social Universitário, Orfanato-Escola Santa Isabel, depois designado Aldeia de Santa Isabel, Centro Social da Quinta do Ourives, Centro Social do Bairro das Casas OPré-Fabricadas e Jardim Infantil de Palma e Fonseca 1983. Em 1982 o Hospital de Sant’Ana regressou à dependência directa da SCML., entretanto o Centro de Reabilitação de Alcoitão também foi reintegrado na Misericórdia de Lisboa 1991, em 1994 a Escola Superior de Saúde de Alcoitão, ESSA, antiga Escola de Reabilitação de Alcoitão, seria reconhecida como estabelecimento de Ensino Superior Particcular.

Visando a captação de maiores receitas para implementação de outras acções foram instituídos novos jogos sociais, o Totoloto, a Lotaria Instântanea, o Joker e, mais recentemente, o Euromilhões.

Nos anos 80 reformou-se os Estatutos da Misericórdia de Lisboa, aptovados pelo D.Lei 322/91 de 26 de Agosto, depois alterado pelo D.Lei 469/99 de 6 de Novembro. Para proceder a modernização de funcionamento surgiram novos estatutos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, aprovados pelo D.Lei 235/2008 de 3 de Dezembro, em que se sobressai o seu fim de realizar a melhoria do bem estar das pessoas, prioritariamente dos mais desprotegidos, abangendo as prestações de acçãp social, saúde, educação e ensino, cultura e promoção da qualiudade de vida de acordo com a tradição cristã e também desenvolvimento de obras de misericórdia e da sua secular actuação em prol da comunidade, bem como a promoção, apoio e realização de actividades que visem a inovação, a qualidade e a segurança na prestação de serviços e, ainda, o desenvolvimento de inicitiavas no âmbito da economia social. A SCML também desenvolve actuvidades de serviço ou interesse público que lhe sejam solicitadas pelo PEstado ou outras entidades públicas.

Foi inaugurado no dia 05.10.2010 o Centro de Investigação Champalimaud “ Fundação Champalimaud para o Desconhecido”, com o objectivo de investigação oncológica, metástases de cancro, etc. Os seus médicos dedicarão 50% do seu tempo para a clínica e 50% do tempo para a investigação. O financiamento das despesas com os doentes será feito através de seguros de saúde, públicos e privados, a fim de acolher pacientes de todas as condições sociais. O Centro está calculado para 350 a 400 investigadores residentes. O projeto arquitectónico foi feito pelo arquitecto indiano, Charles Correia, de Hyderabad, Andra Pradesh, de origem goesa, onde se localiza também um Centro de Investigação em parceria com a Fundação Champalimaud.

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